COVID-19: Primeira onda continua matando

Para muitos, a pandemia acabou, permitindo o descuido. É preciso ter muita consciência do momento no qual vivemos e tomar todos os cuidados para diminuir a propagação do vírus.

“Gente, não vamos acreditar que nós estamos em uma segunda onda de infecções não, tá? Nós estamos na baderna e na irresponsabilidade”

Foi com essas palavras que o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, definiu a situação da cidade, em relação ao COVID-19.

Se pensarmos bem, ele tem certa dose de razão. Para muitos, a pandemia acabou e não é mais necessário ter todos aqueles cuidados de alguns meses. Mas, não é bem assim: o vírus continua ativo e infectando muita gente.

A abertura do comércio, cinemas, teatros, a tentativa de volta ao normal, com as normas de segurança contra o contágio exigidas pelas autoridades de saúde, parece que não estão sendo levadas à sério por parte da população.

O que se vê são lojas cheias, sem respeitarem as exigências de número reduzido e distanciamento de clientes, uso de máscaras, álcool gel.

Bares lotados com aglomeração de pessoas, festas com centenas de participantes, condomínios liberando churrascos e reuniões nos espaços gourmet, são flagrados e noticiados a toda hora pelos órgãos de imprensa.

Festas e churrascos nos condomínios

Aliás, com relação aos condomínios, o prefeito Kalil, em um trecho da sua entrevista coletiva, disse o seguinte:

“O síndico é responsável pela proteção das comunidades dos prédios, foram eleitos para isso. As festas, os churrascos em condomínios são responsáveis pela infecção de grande número de pessoas. Estamos adoecendo por causa de uma meia dúzia de irresponsáveis”.

Nesse momento é preciso ter a consciência de que o COVID-19, continua presente entre nós e, continua matando. Nos balanços dos órgãos de saúde, responsáveis pelo controle da doença, mostram o número de infectados e mortos, algo assustador.

Muitos dos que estão lendo esse artigo agora, com certeza já perderam parentes, ou amigos pelo COVID-19. Muitos também já foram infectados pelo vírus e sabem como são doloridos os sintomas, o tratamento e, em muitos casos as sequelas que ficam.

A hora é de ter consciência e responsabilidade. Sabemos que é muito difícil ficar em casa, abrir mão de uma reunião com amigos ou parentes, fazer uma “festinha” para comemorar um aniversário.

Nos condomínios, onde circulam centenas, milhares de pessoas, essa responsabilidade é ainda maior. Ali estão pessoas de todas as idades, muitas delas dentro dos grupos de risco e, por isso mesmo, mais vulneráveis ao vírus.

Um estudo publicado em abril nos Estados Unidos indicava que o grau de contágio do COVID-19 é muito maior do que se imagina. De acordo com a publicação, uma única pessoa infectada pode transmitir o vírus a 5, 6 outras pessoas e, sem quarentena, o número de casos pode dobrar entre 2 e 3 dias.

A avalanche da contaminação

Vamos imaginar o seguinte: apenas uma pessoa contaminada, morando em um condomínio com uma população de aproximadamente mil pessoas, não irá contaminar apenas 5 ou 6. Ela poderá contaminar muito mais e, o pior, as que forem contaminadas vão infectar outras pessoas e assim sucessivamente.

Gente, há de se ter muita responsabilidade, consciência e empatia para evitar que isso aconteça.

Se o síndico do seu prédio implantar medidas de segurança no condomínio, respeite-as. Não o considere “um ditador”.

Como disse o prefeito Alexandre Kalil,

“O síndico é responsável pela proteção das comunidades dos prédios, foi eleito para isso”.

Temos certeza de que se alguém da sua família for infectado depois de um churrasco, uma festinha no condomínio, você irá responsabilizar o síndico, que permitiu que o evento fosse realizado.

Nesse momento as palavras de ordem são: “Consciência e Responsabilidade”.