Pandemia: Guerra contra o inimigo invisível

O mundo passa por momentos de tensão, angústia e incertezas. A pandemia do Coronavírus, ou COVID-19 como foi nomeado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), deixa em dúvida o futuro econômico de vários países.

O isolamento social imposto por quase todos os governantes, coloca em cheque o destino de empresas, indústria e comércio de todos os portes, em todo lugar. O crescimento do número de pessoas desempregadas cresce assustadoramente nos quatro cantos do mundo.

Em alguns países, como o Brasil, um dos pontos que geraram maior discussão foi com relação à validade do isolamento horizontal, que na opinião de muitos seria um golpe na economia do país.

E pensar que tudo isso começou com o coronavírus, vindo lá da China, que aos poucos invadiu o mundo, colocando de joelhos grandes nações.

Os primeiros sinais de uma pandemia

Em dezembro de 2015, surgiram boatos de que a China estava testando mísseis de longo alcance, capaz de atingir os Estados Unidos. Naquela oportunidade um site americano informava que o teste havia sido feito a partir de uma estrada de ferro, o que tornaria difícil sua localização em caso de uma guerra.

O Washington Free Beacon dizia que agências de inteligência dos Estados Unidos haviam monitorado um teste do DF-41 em um trem, um míssil que poderia atingir alvos nos EUA.

Recomeçava ali um ambiente de tensão já vivido anteriormente e, que muita gente achava havia sido contornado. Além disso a disputa comercial entre os dois países de acirrava.

O mundo passou a temer um confronto armado entre Estados Unidos e China, o que poderia levar à 3ª Guerra Mundial. Mas aos poucos essa tensão vinha diminuindo com a interferência de outros países que atuavam como mediadores.

A ameaça invisível que veio da China

Mas, ironicamente, foi da China que surgiu uma ameaça invisível, que iria colocar o mundo em tensão máxima: um vírus inicialmente chamado de Coronavírus e, nomeado oficialmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como COVID-19.

O primeiro alerta para a presença do COVID-19 surgiu em 31 de dezembro de 2019, depois que autoridades chinesas notificaram casos de uma misteriosa pneumonia na cidade de Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes.

Rapidamente o vírus se espalhou pelo mundo provocando milhares de mortes. Países como Itália, França, Inglaterra não acreditaram no potencial da doença, não se preocupando em criar mecanismos de prevenção e foram duramente atingidos.

O aumento do número de infectados e mortos, a cada dia, era assustador. O todo poderoso Estados Unidos que antes se preocupava em criar mecanismo de defesa contra os mísseis chineses, acabou sendo atingido por uma arma muito mais letal e, o pior, invisível: o COVID-19.

Em pouco tempo o país já contabilizava mais mortos do que Wuhan, metrópole chinesa com 11 milhões de habitantes, sétima maior cidade da China e a número 42 do mundo, onde foi confirmada pela primeira vez a presença do vírus.

O presidente Donald Trump, a princípio, não levou a sério o COVID-19, mas se assustou quando o número de infectados e mortos atingiu picos altíssimos.

Em março desse ano, Trump criou uma força tarefa para combater o COVID-19 e convidou o médico Anthony Fauci, um dos infectologistas mais respeitados no mundo, para fazer parte dela. Era uma tentativa para tentar conter a doença, que já tinha mais de 125 mil casos e 2 mil mortes nos Estados Unidos.

O país que na guerra do Golfo usou pela primeira vez o Lockheed F-117A Nighthawk, o famoso avião invisível, incapaz de ser detectado pelos radares inimigos, agora sofria o ataque de um também inimigo invisível, que nem suas mais poderosas armas podiam combater.

No dia 14 de abril os EUA registraram mais de 23,6 mil mortes e 582,5 mil casos confirmados do coronavírus.

O Brasil diante da pandemia

Mas o crescimento do contagio do vírus, que já havia sido considerado pela OMS como ”pandemia”, já avançava também pela América do Sul. No Brasil, a doença começou devagar, mas de uma hora para outra teve um crescimento vertiginoso.

É bem verdade que os números de infectados e mortos, não se aproximavam dos registrados nos Estados Unidos, China, França, Inglaterra e Itália, mas crescia muito.

Foi quando começou uma corrida louca aos supermercados, pois havia o medo de desabastecimento. Sem que ninguém conseguisse explicar, o que se via eram carrinhos abarrotados de pacotes com rolos de papel higiênico, alimentos, enlatados, enfim todo tipo de material de subsistência.

Buscando todas as formas de combater o crescimento do COVID-19, as autoridades buscavam criar normas de comportamento para evitar sua propagação.

Surgiu então o isolamento social, com o fechamento do comércio e parte da indústria. Só as atividades essenciais poderiam funcionar. Supermercados e farmácias eram algumas delas.

As ruas das cidades ficaram vazias, ninguém queria sair de casa, com medo de ser infectado. Os veículos de imprensa voltaram sua cobertura para dar destaque para o crescimento do COVID-19 no Brasil, suas consequências e, providencias que estavam sendo tomadas no combate.

Isso criou certa histeria entre a população. Vários experimentos com drogas eram feitos, em todo o mundo, na busca de um antídoto ou, pelo menos um tratamento que combatesse o COVID-19, mas nenhuma com eficácia comprovada.

Duas delas, cloroquina e hidroxicloroquina, começaram a ser testadas em vários países e, embora sua eficácia não tenha sido comprovada, eram ministradas em vários pacientes.

Enquanto alguns médicos indicavam que a droga fosse ministrada, mesmo sem conhecer ao certo os efeitos colaterais que elas provocariam, outros eram totalmente contra e defendiam que só depois de provada cientificamente sua eficácia é que ela possa deveria ser indicada para o tratamento.

Essa discussão acabou criando um certo mal-estar entre o presidente Jair Bolsonaro, que defendia o uso da cloroquina e, seu então ministro da Saúde, Henrique Mandetta que era totalmente contra.

E, no tom em que estavam as desavenças entre os dois o final não poderia ter sido outro: no dia 16 de abril, o ministro Henrique Mandetta era demito pelo presidente Jair Bolsonaro.

No mesmo dia o oncologista Nelson Teich, era anunciado como novo ministro da Saúde. Mas ele também não durou muito: em menos de um mês, se demitiu

Mesmo com todas as medidas de prevenção e combate ao COVID-19, tomadas pelas autoridades médicas do país, o número de mortes em decorrência da pandemia, continuava crescendo.

Além de tomar todas as providencias para enfrentar a pandemia do COVID-19, o governo passou a se preocupar também com a economia do país.

Sem vendas no comércio, cairiam as encomendas da indústria que, por sua vez passou a demitir funcionários que, sem emprego começaram a ter dificuldades para sobreviver.

Isolamento horizontal: Brasil quebrado e o desemprego

Temendo o pior, algumas autoridades, entre elas o presidente Jair Bolsonaro, passaram a defender o fim do isolamento.

Em contrapartida autoridades médicas continuavam favorável ao isolamento horizontal, quando todos têm que ficar em casa. Para eles o relaxamento poderia provocar o aumento do número de atingidos pelo COVID-19, que fugiria ao controle das unidades de saúde.

Sem acordo, empresas demitem funcionários. Outras dão férias coletivas, como forma de se diminuir os gastos. Muitas já encerraram suas atividades, sem ter como se manter.

Num cenário de providencias sendo tomadas para prevenção e combate, evitando-se a propagação da COVID-19, setores que têm que administrar a circulação de muita gente, tentam agir rápido para evitar a disseminação da doença.

Nesse sentido, o setor de condomínios residenciais, logísticos e comerciais, que movimenta milhares de pessoas, mostrou firmeza na adoção de medidas preventivas.

Os condomínios logísticos, responsáveis pelo abastecimento de alimentos, medicamentos e bens de consumo não podem parar. Por lá circulam diariamente milhares de pessoas, entre funcionários, colaboradores, clientes, motoristas, ajudantes e, necessitam funcionar, sem colocar em risco a saúde e segurança de todos.

Nos condomínios residenciais a preocupação é ainda maior. Lá, além de funcionários, clientes, prestadores de serviços e colaboradores, têm os moradores, que são muitos, milhares.

O que foi feito para enfrentar o COVID-19?

Algumas empresas passaram a adotar um plano de contingencias para enfrentar a nova realidade que se apresentava.

Atitudes como fechar, áreas de lazer, playground, piscinas, saunas, salão de festas, espaços gourmet, quadras esportivas, foram tomadas.

Para proteger funcionários e colaboradores do COVID-19, houve reforço nos EPIs, mudança na escala de trabalho, e alteração do horário de início e fim da jornada, para se evitar que eles utilizassem o transporte coletivo em horário de pico, onde o contato com um maior número de pessoas é inevitável.

Os que fazem parte dos grupos de risco, foram afastados e confinados em suas casas, sem perigo de perder o emprego, e substituídos por outros.

Todas as assembleias programadas foram suspensas por tempo indeterminado, seguindo orientação das autoridades de saúde, para evitar aglomeração de pessoas. Em alguns casos elas passaram a ser virtuais.

O trabalho de manutenção preventiva, essencial nos condomínios, continua sendo feito. A limpeza e higienização de áreas comuns, corrimão de escadas, elevadores, locais de fácil contaminação do COVID-19, são acompanhados de perto pela equipe de operações.

Relatórios dessas atividades são preenchidos e afixados em partes visíveis nos condomínios, para que os condôminos possam acompanhar o trabalho.

Para aliviar o bolso do condômino, obras que não fossem de urgência, acabaram suspensas, tudo numa tentativa de diminuir os gastos e, consequentemente baixar o valor da taxa de condomínio.

Nos condomínios logísticos a medição de temperatura corporal de visitantes passou a ser feita, para se constatar ou não a presença de febre, um dos primeiros sintomas da presença do COVID-19.

Nos agregados e funcionários a responsabilidade ficou a cargo de cada empresa monitorar.

Além disso, o álcool 70% foi disponibilizado para higienização pessoal e de áreas comuns.

Outras medidas adotadas para combater o COVID-19 foram: campanhas com panfletos, alertando para as medidas de prevenção.

Reuniões com inquilinos para alinhar aplicação das diretrizes mediante as orientações da OMS e, troca de informações sobre novas práticas adotadas para o combate ao vírus, foram realizadas.

Com tudo isso acontecendo era de se esperar consequências, como por exemplo o aumento da taxa de inadimplência, entre os condôminos.

Hora de se reinventar

Mas o momento exigia ações e atitudes rápidas. As perdas impostas pela pandemia do COVID-19, tinham que ser avaliadas, para se criar um plano de combate às consequências. Já não disseram que as “crises são o melhor momento para crescer, se reinventar”?

Pensando assim empresas passaram a buscar alternativas para serem criativas nesse momento. Muitas procuram se adequar ao Projeto de Lei do Senado nº 1179 de 2020, de autoria do Senador Antônio Anastasia (PSD/MG) que cria o Regime Jurídico Emergencial e Transitório das relações jurídicas de Direito Privado (RJET) no período da pandemia do COVID-19.

Mencionadas no projeto, administradoras de condomínios se prepararam para realizar assembleias virtuais, onde decisões que precisam ser tomadas pelos condôminos, possam acontecer.

Mas essa é apenas uma das iniciativas tomadas para superar a crise provocada pelo COVID-19.

Outras estão sendo estudadas, avaliadas e planejadas. Um trabalho inovador na Administração de Condomínios e Gestão de Propriedades está sendo elaborado e, com certeza será algo inovador no setor.

A pandemia está ensinando muita coisa, dando-nos tempo e oportunidade de mudar. Para a PRIMORDIAL Gestão de Propriedades, “a hora é de crescer, reinventar, criar”.