Um vírus ou uma guerra mundial: Quem tem mais poder?

A pandemia do COVID-19, vem tirando a vida de milhares de pessoas em todo o mundo. Assim como uma guerra, não escolhe nacionalidade, religião, sexo ou idade. Sua força de devastação pode matar tanto, ou até mais que uma guerra.

Como comparar uma guerra com a Pandemia do COVID-19? Se pensarmos bem os dois eventos têm efeito devastador, e muita gente morre.

Então qual a diferença, o que deixaria mais marcas na vida da população mundial?

As marcas de uma guerra seriam a morte de muita gente inocente, cidades destruídas, sobreviventes mutilados, famílias destruídas, fome, caos econômico.

O coronavírus também está trazendo a morte de muita gente, a maioria de grupos de risco, como idosos, pessoas com doenças que provocam a baixa resistência imunológica.

Mas os números mostram que jovens, pessoas saudáveis, também estão morrendo pelo COVID-19.

Assim como numa guerra, famílias estão sendo destruídas, a economia está trilhando o caminho do caos, empresas fechando as portas, pessoas ficando desempregadas e, governantes sem saber como reagir a tudo isso depois do fim dessa Pandemia.

Então como vemos, os efeitos, embora não se comparem, são devastadores.

Duas catástrofes distintas

Se durante o nosso isolamento social, pedido pelas autoridades médicas de todo o mundo, nos recolhermos a um canto silencioso, fecharmos os olhos e avaliarmos os dois eventos, vamos sim encontrar diferenças.

A Guerra: gerada pelo ódio, pela rivalidade, pela sede de poder.

Até hoje os homens ainda não perceberam que não é com guerra, atritos e conflitos que conseguirão resolver suas diferenças, seus problemas de relacionamento e convivência.

Os governantes de nações com grande poderio financeiro e bélico, se julgam donos da verdade e acham que todos os povos terão que ficar sob suas asas. A essas nações só é permitido fazer o que for bom para os grandes.

Sempre buscam aliados que podem aumentar ainda mais seu poderia de guerra.Mas se esquecem que muitas vezes são as nações subjugadas que fornecem a  matéria prima para construir seus arsenais.

Incrível, mas até por religião se briga, se mata, tudo em nome de um DEUS que pode mudar de nome, de religião para religião, mas que na verdade é um só. E quem pensa que ao final de uma guerra, não importando quem será o vencedor, haverá paz, união, engana-se.

As diferenças continuarão a existir, as desavenças vão renascer e as brigas continuarão e, quem sabe levar a novas guerras. Quem perde, nunca se sente confortável e, em alguns casos, vai provocar uma outra oportunidade para tentar recuperar o que perdeu.

Mas a pior herança de uma guerra, com certeza é o ódio que continuará a existir.

Já o COVID-19 é uma grande ameaça global e não foi provocada pela disputa do poder, pelo ódio. Ele começou na China e, rapidamente se espalhou pelo mundo. Quem não acreditou no poderio do COVID-19 e relaxou nas medidas de segurança e combate, acabou se tornando seu aliado. Deram munição para que ele avançasse e tornasse a guerra mais fácil de ser vencida.

Muitas pessoas morreram e ainda morrem em todo o mundo. Uma guerra silenciosa, sem armamentos bélicos, sem bombas, mas com poderio letal.

Na guerra o armamento usado por um país é conhecido pelo adversário, que procura criar defesa para dificultar o ataque. O barulho de um míssil por vezes é ouvido antes de sua explosão.

O COVID-19 é um armamento silencioso

Seu efeito destruidor e muitas vezes letal, pode levar até 14 dias para ser sentido e diagnosticado, tempo que pode não ser suficiente para o enfrentamento e, ele acaba vencendo.

Assim como em uma guerra, o combate ao COVID-19, esse inimigo silencioso pode levar anos. Até lá, batalhas serão vencidas, com a descoberta de medicamentos que vão ajudar no seu tratamento, mas a vitória final vai demorar.

E como em uma guerra, haverá sempre o medo de que um dia o COVID-19 poderá atacar novamente, com outras características, mais força, revigorado, já conhecendo os pontos fracos do adversário.

O lado bom

Mas, por incrível que pareça, essa Pandemia está nos deixando um ensinamento que, se for por nós assimilado, se transformará em legado.

Começando pelo meio ambiente. A diminuição do número de veículos transitando nas ruas das cidades, mostrou uma melhora substancial na qualidade do ar.

O isolamento, levou para dentro das casas, a convivência entre pais, filhos e irmãos, marido e mulher, como a muito tempo não se via.

A família está se conhecendo melhor, dialogando, se ajudando, se compreendendo, se amando.

As refeições estão sendo feitas com todos juntos, ao redor da mesa. Os pais estão mais perto dos filhos e, com isso tendo mais tempo para brincar com eles, se conhecerem melhor.

Marido e mulher com mais tempo para conversar e, em alguns casos tendo a oportunidade de se ajustarem, se entenderem.

As pessoas se ajudando, mesmo quando não estão juntas, através de boas ações.

O setor da saúde, vem ganhando mais força, equipamentos, profissionais para trabalharem no combate ao COVID-19. Foi preciso acontecer uma Pandemia para que governo e iniciativa privada, com condições de ajudar, se voltassem para a importância da saúde para a população.

As pessoas aprenderam a só procurar uma unidade de saúde, se realmente for preciso, desafogando esses locais para que eles possam se ocupar do COVID-19.

O sentimento de humanidade, tão esquecido nos últimos tempos, está aparecendo

As dificuldades impostas pelo pedido de isolamento das pessoas, estão levando indústrias, escolas, comércio e outros setores a fazerem suas tarefas através da internet. Com certeza essa é uma experiência que vem se mostrando eficaz e sendo bem aceita.

Muita gente já diz que, mesmo com o fim da Pandemia do COVID-19, esse tipo de ação deverá continuar sendo usado, pois haverá economia com a ida e vinda diária de funcionários.

As empresas não terão que fornecer alimentação, as contas de energia ficarão mais baratas. Olhe que estamos falando de apenas alguns dos benefícios que o home office proporcionará.

Com isso o trânsito também ganha, pois o número de pessoas e carros se locomovendo na cidade, em busca do seu local de trabalho, vai cair.

Pessoas e empresários estão aproveitando que as condições a que se acostumaram lhes foi tirada e se reinventando, procurando ser criativos para enfrentar o que virá depois da Pandemia.

Como vimos guerra e COVID-19, em alguns pontos se assemelham, mas o legado que deixam apresentam diferenças.

Se a guerra, ao seu final, deixa o ódio entre vencedores e perdedores, o COVID-19 pode fazer com que as pessoas se humanizem.

Convivência, Compreensão, Harmonia: Humanização

Talvez o local onde o desejo de humanização vai se fazer sentir, são os condomínios, tanto residenciais como logísticos e comerciais, afinal por lá moram e circulam milhares de pessoas todos os dias.

Os condomínios não estão presentes apenas nas grandes cidades, mas também nas pequenas e até em praias.

Por eles circulam moradores, funcionários, clientes e colaboradores. Para que tudo funcione bem é necessário que todos convivam em harmonia.

Esse desafio é ainda maior quando se está diante de uma Pandemia, como a do COVID-19, quando medidas restritivas tem que ser tomadas.

Nessa hora o síndico ou administrador tem que ter muito jogo de cintura, afinal várias proibições têm que ser feitas para a segurança de todos.

Muitos moradores não concordaram com o fechamento de áreas de lazer, espaços gourmet, play ground, saunas, piscinas, salão de festas e quadras de esportes.

Reclamam que, ficar dentro de casa, principalmente apartamento, tendo do lado de fora toda uma estrutura de diversão, não é certo, afinal pagam pelo uso de tudo aquilo.

Nessa hora se esquecem de pensar nos outros e, pensam só neles ou, talvez nem neles. Se esquecem que a contaminação pelo COVID-19 pode acontecer com o simples toque em um dos equipamentos existentes nessas áreas.

Não se lembram das recomendações dadas pelas autoridades de saúde, para que locais onde possa haver aglomeração de pessoas, é um convite ao contágio.

Coitado do síndico, tendo que explicar tudo isso aos que pretendem saber mais do que médicos e infectologistas que estudaram e, se prepararam para enfrentar a Pandemia do COVID-19.

Por ter mais estrutura que um simples síndico, as empresas que se especializaram para atuar como síndico profissional e, administradoras de condomínios estão conseguindo fazer esse trabalho com mais segurança.

Planos de contingência

Essas empresas, profissionais naquilo que fazem em situações como essa, utilizam um Plano de Contingência onde estão presentes todas as atitudes a serem tomadas, campanhas de conscientização, preparação de seus funcionários para desempenharem o papel de agentes de higienização, controle de portaria e limpeza.

O acompanhamento é feito diariamente com extremo cuidado e exigência, sempre pensando na saúde, bem-estar e segurança de todos que circulam nesses locais. Relatórios de acompanhamento das atividades são feitos e apresentados diariamente.

Mesmo tendo se preparado para atuar dessa maneira, essas empresas recebem diariamente reclamações de moradores questionando determinadas ações impostas, no combate ao COVID-19.

No entanto, de nada adiantara ter toda a estrutura e pessoal altamente treinado para situações como essa, se não houver a colaboração de moradores, colaboradores, clientes e funcionários que circulam por esses condomínios.

A rapidez, com ações e resolução de problemas, acaba fazendo com que as providencias tomadas pela empresa surtam o efeito desejado.

É quando todos os envolvidos no combate ao COVID-19, conseguem entender que antes de mais nada é preciso que aja compreensão, convivência e harmonia entre todos para que se possa viver no local de harmonia.